quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A batalha de Hilda

Personagem interpretada pela atriz Maria Padilha na trama “Mulheres Apaixonadas”, da Globo, enfrentará o câncer de mama, uma doença que atinge mais de 40 mil mulheres por ano, no Brasil
Márcia Pereira/AF - São Paulo (SP)

  Depois de retratar o alcoolismo e a violência doméstica, entre outros assuntos, Manoel Carlos, autor de “Mulheres Apaixonadas” (Globo), traz à tona o câncer de mama. Para chocar mais, o novelista escolheu a família perfeita, formada por Hilda (Maria Padilha), Leandro (Eduardo Lago) e Elisa (Giselle Policarpo). “Hilda vai ter um câncer justamente por ser um exemplo de alegria. Os exemplos só funcionam quando a desgraça bate à porta da pessoa feliz. Para os infelizes, já se espera tudo”, explica o autor, que abordou a campanha em “História de Amor” (1995).
  Segundo ele, estava previsto um caso em “Laços de Família” (2000), mas a leucemia de Camila (Carolina Dieckmann) tomou proporções inesperadas. Maria Padilha já esperava ser vítima de uma doença, mas não sabia qual. Hilda percebe um caroço no seio, no capítulo previsto para ir ao ar na quinta. “Não deve haver uma cena como a de Camila, que raspou a cabeça, pois seria repetitivo”.
  A atriz aposta que o autor retratará mais a questão da feminilidade, o medo de se tirar um seio. “Não creio que isso vá afastar o casal, pois Leandro ama sua mulher”, opina Eduardo Lago. No entanto, está previsto um conflito. Giselle Policarpo diz que o desentendimento será por causa de Elisa, que sai de casa. “Não sei se será por vontade própria ou por imposição”.

ALERTA

  As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) são de 41.610 novos casos de câncer de mama em 2003 em todo o País. Para o Estado de São Paulo, o número é de 15.530 - sendo 6.090 só na capital. Antenado com os dados, Manoel Carlos diz que a doença voltou a ser um flagelo. “Houve um relaxamento, digamos assim, por parte das mulheres. O mesmo acontece com a Aids, que assustou muito, mas já não assusta tanto. Nisso, está o perigo”, justifica Manoel Carlos.
  A campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, realizada desde 1995, agradece. Segundo sua assessoria, com a novela, o trabalho de prevenção do câncer de mama atingirá mais pessoas.

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