Nos últimos anos a presença de Maria Padilha na TV tem sido quase bissexta. Antes de “Lado a Lado”(João Ximenes Braga e Cláudia Lage, 2012), seu mais recente trabalho, no qual interpretou a atriz de teatro Diva Celeste, sua última participação em uma novela inteira tinha sido em “Mulheres Apaixonadas”(Manoel Carlos, 2003). Neste hiato de dez anos a atriz fez pequenas participações nas novelas “Paraíso Tropical” (Gilberto Braga e Ricardo Linhares, 2007) e “Insensato Coração” (Gilberto Braga e Ricardo Linhares, 2011) e na minissérie “Cinquentinha” (Aguinaldo Silva, 2009). Mas, em compensação, atualmente a atriz pode ser vista em três reprises, nas quais o público pode conferir três diferentes momentos de sua carreira: em “O Cravo e a Rosa” (Walcyr Carrasco e Mário Teixeira, 2000), atual cartaz doVale a Pena Ver De Novo, e em “Água Viva” (Gilberto Braga e Manoel Carlos, 1980) e “Anjo Mau” (Maria Adelaide Amaral, 1997), em exibição no Canal Viva.
“Quando gravamos a cena do topless, as pessoas jogavam areia e latas de cerveja na gente, em repúdio (…) E olha que nem estávamos com os seios à mostra, usávamos uma cobertura para esconder (…)Depois que fiz a cena, as pessoas me identificavam na rua como a personagem. Elas me paravam e falavam ‘tira, tira’, em referência à Beth. Eu sofri bullying por causa da personagem”, lembrou a Maria.
A atriz também declarou em entrevista ao Jornal (edição de 06/10/2013), que não gostava de sua interpretação.
“Eu era muito crua, achava horrível a minha interpretação. Nunca tinha feito televisão e ficava constrangida em cena. Lembro que só passei a melhorar anos depois, quando o Dennis Carvalho me disse para fazer televisão como se fosse teatro”, declarou.
Dinorá, Beth e Stela. Três personagens diferentes e uma mesma Maria Padilha. A atriz que, como dissemos, não é uma presença constante na TV, tem tino para o humor e dá toda uma graça à sua interpretação. Outros trabalhos de destaque na carreira de Maria Padilha são: “Mico Preto” (Euclydes Marinho, Marcílio Moraes e Leonor Bassères, 1990), “O Dono do Mundo” (Gilberto Braga, 1991), “Decadência” (Dias Gomes, 1995), “Malhação” (Maria Elisa Berredo, Patrícia Moretzsohn e Emanuel Jacobina, 1999), além das já citadas, “Mulheres Apaixonadas” e “Lado a Lado”. E enquanto não vem o próximo, vamos nos aproveitando das reprises em dose tripla da atriz.